quarta-feira, 24 de junho de 2009

terça-feira, 9 de junho de 2009

Campanha Amoreiras - aspecto da banca


A cadela Miniana superstar model

Campanha Amoreiras - mais um(a) sócio(a)


Notem o pormenor a calha onde foram colocados os bloquinhos

Campanha Amoreiras - não se entra sem passar por elas


Marta, Sofia e Denise (acertei na ordem?!)

Campanha Amoreiras - arranque


notem o ar pensativo da Margot

segunda-feira, 8 de junho de 2009

NINguém - (sobre pessoas escorregadias)

Ninguém pode pretender ser aquilo que não é. Fingir, interpretar, encenar, mascarar. As pessoas escorregadias acabarão por revelar-se. Com que custos para terceiros, com que prejuízos para inocentes - com que danos para actores alheios àqueles números - é o que importa reflectir.

As pessoas são, por natureza, ambiciosas. Terão a tal direito? Algumas, são mesmo gananciosas. É isto legítimo? Pior, algumas são - escorregadias.

Quanto de nós não contactamos diariamente com gente cuja preocupação é dissimular os seus reais objectivos? Gente que, isoladamente nada vale e que, por conseguinte, tem de exercer uma implacável (embora subreptícia) manipulação de terceiros que lhe são próximos e de outros aos quais oportunísticamente se colam?

Esta gente escorregadia, são 'Berlusconizinhos' com um problema ainda maior: têm de andar a fugir da sua própria mentira e, por isso, apesar de toda a ganância, não disfrutam realmente da vida. Porque, só se pode em plenitude disfrutar da vida, quando colocamos o nosso esforço, energia, talento e luta (LUTA) ao serviço dos mais fracos, desprotegidos e vulneráveis.

Toda a Itália sabe quem é Berlusconi. (Saramago acredita que está a ensinar a missa ao Papa). Mas toda a Itália quer Berlusconi. Até Verónica, não a do Paulo Coelho (essa decidiu morrer) mas a Lario, se irá arrepender da sua arrogância (se é que não está já nesse processo).
Então que leva a Itália a escolher Berlusconi contra tudo o que parece ser natural numa sociedade dita 'normal' ?
Será muito provavelmente o facto de que Berlusconi é aquilo que é? Será pelo (simples) facto de que Berlusconi é genuíno? Será o facto de que, a Itália prefere um dirigente gaffista, anti-estadista, um quebra-protocolos, um putanheiro incorrigível e um amoral (se é que isso da moral realmente existe tal como é geralmente definida em sociedade)...
será o facto de que a Itália prefere ter por dirigente alguém que é aquilo que é e que tem na cara aquilo que é, que
ter por dirigente alguém que nunca se saberá ao certo aquilo que pode fazer? E digo, aquilo que pode fazer DE MAL ?

O problema das pessoas escorregadias, não é serem más. É causarem mal. Usarem de maldade. Uma maldade escorregadia, aquela maldade que tem sempre dois sentidos porque é a MALDADE CONVENIENTE, i é, aquela maldade que pode sempre ser interpretada segundo um (suposto) lado positivo. É o mesmo que discutir se o copo está meio vazio ou meio cheio. Mas discutindo o copo errado, discutindo um copinho de shot.

Às pessoas ESCORREGADIAS interessa sobretudo as meias-vitórias. Não para si, mas meias-vitórias em relação aos resultados alcançados naquilo a que se propuseram. Como geralmente são pessoas de meias-verdades, vivem sempre a meio da tabela, com um ego sempre insatisfeito a olhar para o bordo do copo a partir do nível meio-cheio. São eternos naufragos da vida.

Mas, na sua ganância, passam a mensagem de que os resultados são sempre os possíveis, recusando vitórias absolutas pois não é para ajudar a vencer que surgem em cena mas para usarem a ajuda dos demais para as suas vitórias pessoais. A estas pessoas, interessa um discurso centrado no copinho de shot, justificando o facto de estar meio cheio. Mas o copinho de shot, só por si é uma falácia, pois constitui um ROUBO das legítimas vontades e anseios de todo um colectivo (ainda verei mais gente vir falar nesta palavra). É o que se passa com os banqueiros corruptos: chegam com a garrafa cheia, deixam-na meia vazia (para eles, meia-cheia) e entregam aos seus sucessores aquele tamanho. O sucessor, não querendo ver o meio-vazio, transfere o conteúdo para um copo e pronto: agora está cheio.

E assim, de meio cheio a meio vazio, vão-se escolhendo copos cada vez menores até chegarmos ao copinho de shot. Aquele copinho que, apesar da pequenez a que o deixaram, ainda há quem venha chupar-lhe metade do conteúdo. É aqui que, já não havendo copinhos mais rasos para mudar o líquido, se coloca o limão azedo por tecto e se adoça com açucar à volta. Ao mesmo tempo que impede ver-se directamente em que nível é deixado o conteúdo, adoça-se o produto de forma a parecer atractivo aos que se cheguem à frente para o derradeiro fechar da porta.

Falo de pessoas escorregadias. Tenho esse dever. Enquanto ainda é tempo de alertar.
Por isso, não é mau ser-se um Berlusconi. Um Chavez. Um Fidel. Um Obama. Um Bin Laden. Um Jesus Cristo. Estes, são aquilo que mostram e ninguém diga que veio ao engano. Os italianos não andam enganados. Enganados, andamos nós, habituados a ser-nos servido todo o tipo de"ementas" à medida dos nossos anseios, para a dado momento descobrirmos que afinal não era nada disso. Somos tansos, somos totós, somos imbecis, somos parolos, somos cornudos, somos ralé. Seguimos os que se chegam à frente querendo acreditar no que nos mostram, nas palavras que nos dizem e que queremos ouvir. Seguimos, sem questionar para lá da aparência, sem perguntar pelos reais motivos, pelos inconfessados propósitos e pelas secretas combinações.

Habituamo-nos a fugir da mosca porque achamos que vem de pousar na merda e acabamos enredados fatalmente na asseada e luzídia teia que a aranha teceu e que nos secará em agonia até ao último suspiro.

Hoje, provo.
Que sou aquilo que digo. E só digo aquilo que faço
Tenho resistido. Vejo moscas e aranhas. Umas cheiram a Merda, outras a Chanel. Umas de galochas. Outras de salto-agulha. Pessoalmente, dá-me igual. Afinal, tudo é temporário, praticamente asséptico e ala, hasta. Arriverdeci.

Mas isto, é pessoalmente.

Já quando são terceiros que estão em causa, terceiros em situação de fragilidade, na sua vulnerável inocência, a coisa deixa de ter graça.

Fui votar. Fiz aquilo que sou. Dou a cara, estou na frente, não me assustam. Assim pudessem outros apresentar credenciais. É isto que digo hoje. Que ninguém escorregue nas suas convicções.

Caiado

Dito, feito. Provado.