segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Acho que a Fotografia precisa de mim

Está a ser penoso. Estes dois anos que dei a mim mesmo para reflectir sobre se prosseguiria na Fotografia de Autor, demoram a passar. Mas, respondendo afirmativamente a solicitações que implicavam a vida de seres indefesos, a minha costela de activista não podia ficar indecisa. Talvez para o bem, também acabei por perceber que esse tempo (pelo menos da mesma forma, sobretudo física) - ver abaixo - acabou.

Voltarei à Fotografia. Há gente que me espera, acredito que sim. Não ter feito uma só exposição em quase dois anos, eu que fiz mais de cinquenta diferentes e individuais em pouco mais de dez anos (acho que teria direito ao Guiness, alguém se propõe candidatar-me?) é obra. É obra resistir a um tal vício.

Posso afirmar que nestes quase dois anos parti a minha vida ao meio. Perdi todas as referências de estgabilidade e cada dia passou a valer por si. Não tÊm conta as vezes que cheguei e voltei de Espanha (o TGV daria um jeitão, brincadeirinha...). Agora é tempo de arrumar a casa. Quero dizer, o meu espaço. "Casa" é conceito que deixo nas mãos da mulher com que me venha a 'emparelhar'. Acho que agora será possível, já que decidi 'reorganizar-me'.

Vou, portanto, regressar ao vício. Voltar a pegar na máquina e ouvir-lhe aquele disparo real, do mecanismo real a abrir e fechar a cortina (cortina real, bem entendido). Já viram portanto, que não estou a falar de uma máquina fotográfica digital.
Estou, portanto, a falar de uma exposição de fotografia. Vamos a ver.
Agradeço aos que souberam esperar. A sua (im)paciência será justamente premiada.
Caiado

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